Tragédia em Santa Maria

Justiça garante acesso da imprensa às audiências do caso Kiss

Lizie Antonello

A Justiça negou pedido para que as audiências sobre o caso Kiss na Justiça Estadual fossem a portas fechadas. A solicitação foi feita pelo advogado Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, o Kiko, sócio da Kiss e um dos réus no processo criminal.

A decisão foi da juíza Karla Aveline de Oliveira na última quinta-feira. A magistrada substitui o juiz responsável pelo processo Ulysses Fonseca Louzada que está em férias.

Além deste, foram negados os pedidos de Marques para que fossem ouvidos os 636 sobreviventes da tragédia e de anulação dos depoimentos dados ao juiz Ulysses Louzada em outras cidades do Estado. Neste caso, o defensor alegou falta de competência de Louzada para atuar fora da comarca de Santa Maria. Porém, a medida havia sido autorizada pelo Tribunal de Justiça.

A juíza ainda deferiu pedido da defesa de Kiko para que o réu não seja fotografado e nem filmado nas audiências e negou solicitação da assistência de acusação para que fosse informado o endereço do réu à Justiça.

No despacho, a juíza ainda permite a presença de uma pessoa e um assistente técnico de cada uma das defesas dos réus e assistência de acusação acompanhe o trabalho do Instituto-Geral de Perícias (IGP) no interior da boate, desde que estejam utilizando os equipamentos de segurança necessários a serem fornecidos pelo IGP. Três oficias de justiça também acompanharão o trabalho. A data prevista para 23 de janeiro deverá ser remarcada depois do retorno do juiz titular do processo, em fevereiro.

Os peritos entrarão no prédio para recolher amostras das substâncias que entraram em combustão, especificamente, do gesso inferior e superior que cobria o teto da boate e da lã de vidro que permeava as duas placas de gesso no teto (pedido da defesa de Mauro Hoffmann, sócio da danceteria e réu no processo criminal) e materiais que revestem a parte superior do palco e adjacências (pedido da defesa de Kiko).

A medida antecede a determinação de que seja feita a limpeza e descontaminação do prédio, com a retirada de entulhos e remoção de resíduos tóxicos.

Confira outras decisões do despacho

Que seja aguardado o retorno do juiz Ulysses Louzada para agendamento da data da audiência para ouvir vítima em Bagé

Nega pedido da defesa de Kiko para que fossem restituídos os bens dele ainda restantes no interior do prédio e que não tenham sido atingidos pelo fogo

Nega entrada de equipe de emissora de TV no prédio

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